quinta-feira, 27 de março de 2025

Como o Relatório "Preços Materiais" Pode ser Usado para Compor o Saldo Escritural das Compras do Imobilizado.

 


Por João Cruzue

O Relatório "Preços Materiais" traz informações muito úteis para quem busca compor as compras de materiais permanentes do Grupo Imobilizado, desde o início de uma UGE.

A primeira informação que você pode colocar na planilha é de natureza contábil.  Ao inserir o título "Item da Despesa + Nome da Despesa" na tela de Critério, você tem um nível de detalhe que mais se aproxima do nome das contas contábeis de Imobilizado do SIAFEM :

- 44905210 - VEÍCULOS DIVERSOS

- 44905220 - EQUIPAMENTOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

-44905232 - MOBILIÁRIO GERAL


Todavia, ao inserir também na planilha os dados de "Código Item Material + Nome Item Material", a coisa fica mais transparente, pois traz  informações bem detalhadas do material:

-MESA

-MULTIFUNCIONAL A LASER

-NOTEBOOK

-PROJETOR DE MULTIMÍDIA

-POLTRONA GIRATÓRIA.

O relatório pode trazer o número da Nota Fiscal da compra, a quantidade, o valor unitário e o total da compra do item, Nota de Empenho, Processo, Fornecedor.

No tocante ao tempo, pode trazer de uma só vez as compras de 2000 a 2025, não possuindo a restrição do SIAFEM que trabalha um exercício por vez.

Para compor um relatório de compras exclusivamente do Imobilizado, o filtro pode ser fixado no grupo de natureza da despesa "44 - Investimentos ou pelo elemento da despesa 449052 - Material Permanente. Prefiro o primeiro. Assim, 99,99% do Imobilizado comprado por empenho vai ser conhecido.

Bug: O relatório traz um pequeno problema que pode ser evitado pelo conhecimento. Explico: Às vezes o total da Nota de Empenho tem um valor, e a conta dos itens comprados  x valor unitário dá um valor total duplicado, quintuplicado do total empenhado. Porém, sabendo do bug (conhecendo o total da NE), não existe relatório melhor para subsidiar a composição de saldo contábil.

A própria planilha de trabalho exportada pelo SIGEO pode ser usada para o controle/conciliação com o Inventário Físico. Como se faz isto?

Criando 3 colunas na planilha, próximas da coluna "Valor Total".

A primeira das três colunas pode ser "Conta Contábil", aquela classificação das contas que aparece quando você usa o comando >BALANCETE no velho, bom e quase saudoso SIAFEM.

Na segunda coluna, coloque  a Identificção do bem (nº da identificação física do bem). Se você tiver 10 compras no relatório do SIGEO e 9(nove) deles estão relacionados na Listagem do Inventário Físico, apenas uma linha ficaria com a coluna de idenficação em branco.

O Ideal seria Relatorio do SIGEO que, além do código Item Material e "Item da Despesa", também tivesse aquele bendito número da conta contábil do Imobilizado, mas isto por enquanto não se tem.

Quando no invetário físico houver um bem que não foi comprado,  por exemplo: uma impressora, eu acrescentaria uma linha no relatório "Consulta Preços Materiais, para preencher com sua identificação, conta contábil, identificação e  origem (de onde veio).

Uma questão crucial para quem pretende organizar o controle de depreciações, infelizmente, isso não é possível no Relatório Preços Materias pela fatal da data da compra, ou data de pagamento. Esta informação está em outro relatório: DOCUMENTOS ou CONSULTA DOCUMENTOS. 

Se usar, neste Relatório, o filtro no grupo da natureza da despesa "44 - Investimentos", os mesmos empenhos, as mesmas notas fiscais vão aparecer, e  principalmente as Datas. Data de Vencimento, Data de Pagamento. Na teoria, se a data de vencimento fosse em 30 dias, a primeira deprecisação do/dos bens poderia ser contabilizada no mês da data de vencimento - ou do pagamento. É o mais próximo que conseguira chegar do primeiro mês de desgaste pelo uso do bem.

Outra informação: Se você trabalha no controle de patrimônio de um Órgão Público, UGE do Estado ou mesmo em Contabilidade empresarial, a  cópia de cada Nota Fiscal de compra de Imobilizado deveria ser digitalizada.  Por que? Porque sua primeira depreciação vai ocorrer no mês seguinte da data da Nota Fiscal.

Se eu sobeesse a data da compra de cada bem, saberia exatamente quantos meses ele já tem de uso e quanto de depreciação deve/devia ter sido lançado em Despesa.

Como a implantação de fato da Contabilidade de Custos nos órgãos públicos vem aí, a parte mais complexa, às vezes fica nos cálculos das depreciações. É por isso que aquele que possuir  o controle de Imobilizado 100% conciliado (Escritural = Físico) não vai se estressar quando aquele momento chegar.


Abraço do João.

















quarta-feira, 19 de março de 2025

Uso do Comando "Balancete" do Siafem para compor o saldo escritural de conta do Imobilizado


Olá!  Seja bem-vinda / bem-vindo!

Figura 1 -  Saldo Atual da Conta

Por João Cruzué

Em 19 de março de 2025

Caros colegas, usuários dos bons recursos tecnológicos do Sigeo.Net, disponibilizados pela gestão de sistemas da Fazenda/SP.  Desta vez trago informações e dicas muito importantes que podem ser utilizadas para dois propósitos: 

1) Subsidiar a conciliação dos saldos das contas do Siafem com a contagem física de bens classificados contabilmente no grupo Imobilizado, do Balanço Patrimonial; 

2) Facilitar com isso o cálculo das depreciações, deixando em ordem a "casa" para implantação do sistema de Custos nos próximos cinco anos [acho].

Dica Importante: quando digo subsidiar na composição do saldo das contas do Siafem, quero dizer que a principal ferramenta para compor o saldo das contas do Imobilizado é o comando >Balancete do próprio Siafem. 

Por exemplo: na figura 1 (lá em cima) tem-se o saldo atual de R$ 53.122,73 (fevereiro/2025)  da Conta Contábil 123110101 "  Aparelhos de Medição. Já na na figura 2, abaixo, temos as primeiras compras registradas nessa conta no exercício de 2001:

Fig. 3 - primeiro registro

Pois bem, com a ferramenta  de consulta (>Balancete), é possível logar em cada exercício do Siafem, retrocedendo de 2025 para trás, até o ano de registro da primeira entrada. Na tela do Balancete pode ser usado o comando ">Detaconta", para registrar dados em uma planilha, tais como: Exercício, Nota de Lançamento, Data da NL, Valor e Saldo Acumulado. 

Dessa forma, é possível compor o saldo de uma conta do Imobilizado desde o  "zero", coforme print



O que tem a ver este quadro/planilha com Contabilidade de Custos? 

Bem, para saber o mês exato da primeira depreciação de um bem, é preciso, em tese,  saber o mês em que foi comprado. A partir daí, pode-se quantificar quantos meses ele se desgastou pelo uso (meses de uso). 

No caso mostrado nesta planilha, supondo que a primeira aquisição/compra fosse em novembro/2001, e que os R$ 920,00 (2ª linha)  fossem o valor de um Relógio de Ponto cuja estimativa de uso fosse convenciocionada em 10 anos ou 120 meses, já estaria totalmente depreciado. Neste caso, na hipótese de dar início aos registros contábeis de depreciação, este valor, em tese,  deveria ser lançado em "ajustes de exercícios anteriores", posto que já teria expirado os 120 meses de vida útil.

É isso!

Se você gostou ou não gostou, por favor, deixe sua opinião. Posso melhorar ouvindo suas críticas.

Abraço do João: cruzue@gmail.com